Problemas policiais: resolva o enigma
O Centro nacional de Cultura divulgou um dos problemas policiais de A. P. Duchâteau, adaptado por Adolfo Simões Müller, ilustrado por Tibet, e dado à estampa no “Foguetão” número 4 (25 de maio de 1961), que aqui partilhamos.
Eis o enigma:
- Que quer? – perguntou.
Sem responder, empurrei-o. Dentro da cabina, sentado a uma mesa, outro marinheiro da mesma corpulência, vestindo uma camisola idêntica escrevia a lápis uma carta.
- Mas fale! – exclamou o homem que abrira a porta – Que quer?
- Estão só os dois a bordo?
- Sim, senhor. Eu sou José Sardinha e aquele (apontou o homem que escrevia) o meu irmão Raul. Que quer o senhor?
- Um de vocês agrediu um homem há pouco…
- Impossível – replicou Raul, largando a carta – Nem eu nem o meu irmão saímos daqui.
- Em que empregaram o tempo esta noite?
- Eu tenho estado a escrever à rapariga.
Debrucei-me sobre a carta, que dizia assim: “ X – 21 de outubro – Querida Teresa. Espero que ao receberes esta, te encontres bem. Eu, Zé e o barco estamos ótimos. Fico muito contente por me dizeres que em breve nos veremos, tomara esse dia…”.
Havia mais algumas frases no mesmo estilo, mas a carta estava por acabar.
- A que horas começou a escrever?
- Eram onze e quarenta e cinco.
- E você o que fez ? – perguntei a José Sardinha.
O homem apontou-me algumas cartas de jogar sobre a mesa.
- Estava a fazer paciências?
- Parece que sim… - resmungou ele.
- Bom! Agora já sei quem foi que deu as facadas.
Caro Leitor, um dos dois irmãos mentiu de forma flagrante para assegurar o seu álibi.
Foi o José? Foi o Raul? Respondam por favor…
Agostinho de Morais
Querem partilhar connosco aquela que julgam ser a solução deste enigma?
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