Arte e Ciência | O astrónomo, de Vermeer
O astrónomo, de Vermeer (1668). Museu do Louvre, Paris.
O Astrónomo de Vermeer não deve ser entendido como um retrato da ciência moderna, uma expressão pictórica da revolução copernicana na astronomia. No tempo de Vermeer, todos os fenómenos naturais, incluindo os céus, tinham um significado moral inexorável que implicava o Divino Criador que não havia criado nada sem uma razão. Assim, tudo na criação de Deus continha uma lição moral ou admoestação.
O historiador Klaas van Berkel demonstrou que esta pintura representa uma combinação de sabedoria antiga (veja a pintura de Moisés na parede à direita) e ciência moderna, representada pelos vários instrumentos científicos sobre a mesa. Deve ser lembrado que a ideia de ciência como um empreendimento coerente como a conhecemos hoje estava apenas emergindo. A ciência teve que competir com verdades filosóficas e religiosas profundamente enraizadas.
No passado, alguns estudiosos duvidaram da atividade da figura da pintura citando a evidente falta de um telescópio e o facto de a figura estar a trabalhar num ambiente fechado durante o dia. Talvez tenham suposto que ele estivesse a dedicar-se à ciência mais antiga e não empírica da astrologia, ou seja, ele estivesse a traçar um horóscopo ou de alguma forma a tentar adivinhar a ordem do mundo natural através dos movimentos dos corpos celestes. Naquela época não havia uma distinção clara entre astronomia e astrologia, mas havia uma forte divisão entre astronomia/astrologia e física. Astrónomos famosos como Johannes Kepler e Tycho Brahe, que eram empiristas dedicados, ainda eram astrólogos praticantes. Kepler acreditava na astrologia e estava convencido de que as configurações planetárias afetavam fisicamente os humanos, assim como o clima na Terra. Ele defendia que uma relação definida entre fenómenos celestiais e eventos terrenos poderia ser estabelecida.
O historiador Klaas van Berkel demonstrou que esta pintura representa uma combinação de sabedoria antiga (veja a pintura de Moisés na parede à direita) e ciência moderna, representada pelos vários instrumentos científicos sobre a mesa. Deve ser lembrado que a ideia de ciência como um empreendimento coerente como a conhecemos hoje estava apenas emergindo. A ciência teve que competir com verdades filosóficas e religiosas profundamente enraizadas.
No passado, alguns estudiosos duvidaram da atividade da figura da pintura citando a evidente falta de um telescópio e o facto de a figura estar a trabalhar num ambiente fechado durante o dia. Talvez tenham suposto que ele estivesse a dedicar-se à ciência mais antiga e não empírica da astrologia, ou seja, ele estivesse a traçar um horóscopo ou de alguma forma a tentar adivinhar a ordem do mundo natural através dos movimentos dos corpos celestes. Naquela época não havia uma distinção clara entre astronomia e astrologia, mas havia uma forte divisão entre astronomia/astrologia e física. Astrónomos famosos como Johannes Kepler e Tycho Brahe, que eram empiristas dedicados, ainda eram astrólogos praticantes. Kepler acreditava na astrologia e estava convencido de que as configurações planetárias afetavam fisicamente os humanos, assim como o clima na Terra. Ele defendia que uma relação definida entre fenómenos celestiais e eventos terrenos poderia ser estabelecida.
Janson, J. (2022). THE ASTRONOMER by Johannes Vermeer. Retrieved 19 March 2022, from http://www.essentialvermeer.com/catalogue
Consulte o Catálogo Interativo Vermeer Essential 3.0 e saiba mais sobre este e outros trabalhos do pintor.
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