Sugestão de leitura | Autobiografia não escrita de Martha Freud, de Teolinda Gersão
Conheça o livro nas palavras da autora:
«A obra de Freud eu já conhecia, quando estudava na Alemanha ler Freud e Jung fazia parte da cultura geral de um germanista. Mas sobre Martha, e sobre a vida privada de Freud, pouco ou nada sabia. Na verdade, a ideia deste livro veio ter comigo quando li a correspondência de ambos. Encontrei casualmente na Internet a notícia de que as suas cartas tinham sido publicadas, e encomendei os livros. Tive consciência de que não queria escrever o tipo de livro a que se chama «romance histórico», onde a imaginação se mistura livremente com a vida real das figuras. Deixei claro que pretendia sobretudo interpretar documentos, que dava a ler ao leitor, para que também ele os interpretasse como entendesse; apenas imaginei que Martha, nos últimos anos da sua vida (ela morreu em 1951) releu a correspondência de ambos, e outras cartas de Freud e para Freud que ela desconhecia.Tendo em conta o carácter que Martha revela nas cartas que deixou escritas, esta hipótese parece-me plausível, embora nunca saibamos se de facto aconteceu ou não. A sociedade não considerava as mulheres relevantes, mas neste caso Freud também não estava interessado em que ela fosse conhecida. Queria ser ele próprio o centro exclusivo de todas as atenções. Creio que é o meu melhor livro, e também o que me deu mais trabalho a escrever.»
Teolinda Gersão
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